Acredite. Abrir os olhos é mais traumatizante.
Amar quem não merece é uma coisa.
Descobrir que não merece é outra.
Como faz falta a aura que desenhei em volta dela… Que a protegia da minha razão impessoal, esclarecedora e inconseqüente. Como eu era antes dela. E como ela me preveniu de ser. Como eu queria continuar sendo. Pra continuar amando.
A infeliz razão me fez ver o que não iria nunca acontecer, mas que o amor mostrava. A triste verdade que se escondia nas mentiras que amava tanto. Amava cada mentira daquelas. Que construí com tanto amor.
Eu a amava e ela morreu. Cada mentira. E sinto falta. Mas confio na razão. Ruim é amar mentiras. Elas somem. E confio no tempo. Que cobrirá as mentiras com o pó do desuso e meu amor com mais razão. E amarei outra coisa.
Se é que a verdade é amável.
2 comentários:
Esse texto eu fiz em 8 de janeiro desse ano. Com um pouquinho de dor de cabeça.
Pois é, parece que cefaléia te faz bem!
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