Dos passos adestrados em direção ao edifício
Aos passos perdidos na multidão
Passa pelo caminho de sempre para alcançar o portão
Procurando uma trilha entre as pessoas e rumo ao encontro
Esperado encontro, vê o porteiro conhecido.
Encontro cheio de dúvidas, como esperar
Atravessar o corredor até o elevador. Não é tão estranho
Quanto a possível reação dela,
O som do elevador chegando é familiar
Como a tensão do momento decisivo.
A diferença é o estado de espírito.
E abre a porta de casa.
E a encontra.
Reconhece os caminhos da sala
E perde-se ao dizer tudo o que julga importante
Senta-se no sofá para não cair
E ouve tudo o que ela julga importante.
Perdendo-se num turbilhão de memórias.
Mostrando a marca doída do “não correspondido”,
Agora sabe onde está seu corpo.
Vendo ela lhe dar as costas,
Sabe onde está sua mente:
Ela foi embora
Junto com seu coração.
6 comentários:
Obrigado pelo comentário no meu conto experimental, fico feliz que vc gostou :)
Quanto ao seu poema, bem... Ele me fez lembrar muito do Caio Fernando Abreu --- tenha isso como um enorme elogio.
Adorei seu texto "Consciência" também.
um abraço*
Que gradabilíssima surpresa tua obra. Hei de voltar sim.
Continue dando tudo de si a originalidade.
Não sei se já leu alguns escritos poéticos meus. Caso seja do interesse volte lá, http://secretariaeletronica.blogspot.com
Saudações literárias,
venha você também para o contra-fluxo.
Ricardo! Muito obrigado pelo seu comentário no meu textículo imprescindível, só você entendeu....rs
E pare de fazer textos ótimos por que estou morrendo de inveja! Aliás, tenho que conversar com o senhor sobre isso! Até mais
eu tinha tentando fazer um comentário aqui, mas não mandou...
enfim, adorei seu poema (como geralmente adoro) e quero saber: por onde andou??? aaaahhh fez falta!
bjo!
oi =)
obrigado, que bom que voce gostou =D
andei ocupado com vestibulares... começo de faculdade ... mudanças na vida tals..
valeu, denovo!
Comentário sobre o texto:
Não sei se me fiz perceber, mas o poema tem dois planos de fundo e pode ser lido de três formas diferentes:
1 - Linha sim, linha não é o que acontece com o corpo dele, de verdade;
2 - Linha não, linha sim é o que acontece na mente dele, pela memória (na penúltima estrofe é o contrário...) e
3 - Tudo junto, com a sucessão real das coisas, mostrando a sobreposição de ação e pensamento.
As estrofes de uma linha são sempre lidas.
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